WUHAN: TRÊS CIDADES EM UMA
Por Amilton Reis
Localizada na confluência dos rios Yangtsé e Han, Wuhan é o resultado da fusão de três cidades — Wuchang, Hankou e Hanyang — oficializada em 1927. Hoje, essa metrópole de aproximadamente 11 milhões de habitantes é um mosaico de elementos culturais, históricos e econômicos que desafiam qualquer simplificação.
Wuchang
Na margem sul do rio Yangtsé, Wuchang foi palco do levante que desencadeou a queda da dinastia Qing e a fundação da República da China em 1911. Entre seus marcos importantes estão a Torre do Grou Amarelo, uma estrutura histórica que é um dos símbolos de Wuhan, e o lago Donghu, conhecido pela beleza natural.
Também é ali que ficam universidades importantes, como a Universidade de Hubei, primeiro destino na China para muitos estudantes paulistas em virtude da parceria com o Instituto Confúcio na Unesp.
Hankou
Originalmente um porto estratégico na margem norte do Yangtsé, Hankou atraiu o interesse de potências estrangeiras no final do século XIX. O resultado disso foi um período de ocupação que deixou como legado visível a arquitetura ocidentalizada de seu centro histórico. No contexto econômico, Hankou mantém sua relevância como centro comercial e financeiro, beneficiado por estar na confluência do maior rio navegável da China e das principais rotas terrestres entre o Norte e o Sul do país.
Hanyang
A oeste dos outros dois distritos, Hanyang é o polo industrial de Wuhan. Grandes empresas e parques tecnológicos fazem desse distrito um centro de inovação tecnológica e industrial. Além disso, o distrito tem espaços como o Museu de Hanyang, o Parque Guiyuan e o Jardim Botânico de Wuhan, que oferecem uma pausa na agitação da vida urbana.
Wuhan é mais que a soma de suas partes. Wuchang, Hankou e Hanyang são os três corações que fazem pulsar a maior cidade da China central. O passado revolucionário de Wuchang, o papel comercial de Hankou e o foco industrial de Hanyang se combinam em camadas de história e cultura que conferem a essa metrópole sua singularidade.